quinta-feira, 4 de junho de 2009

Relação do estresse com chocolate e café




Duas farmacêuticas formadas pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel) voltaram a casa para falar aos alunos do curso sobre diferentes temáticas e suas experiências de pesquisa. Cristie Noschang e Rachel Krolow Santos Silva, mestrandas em Bioquímica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), realizaram a palestra com foco no espírito crítico do farmacêutico e promoção da saúde. Cristie pesquisa a relação entre estresse e cafeína e Rachel estuda estresse e chocolate. As egressas da Católica falaram também sobre radicais livres e sua importância, além de levantar o debate sobre a pesquisa para o farmacêutico, tanto em sua vida acadêmica, quanto ligada ao mercado de trabalho.
De acordo com Cristie, o estudo de relação entre estresse e cafeína é feito estressando-se as cobaias cinco vezes por semana - o que se assemelha com o estresse sofrido no dia-a-dia das pessoas. A alimentação das cobaias é rica em cafeína e a relação entre os dois elementos é o objeto de atenção da pesquisadora. “No Brasil vivemos a cultura da cafeína. Com a pesquisa queremos saber o que ocorre quando se põe os dois fatores, estresse e cafeína, juntos”, explicou. Segundo ela, aspectos como estresse oxidativo, ansiedade, memória e comportamento alimentar são analisados. “Sabemos que o estresse aumenta a quantidade de radicais livres. Mas, e combinado com a cafeína? Eles aumentam ou diminuem? É bom tomar café quando se está estressado?” questiona a pesquisadora, que tem buscado dados para responder essas perguntas. O estudo ainda está em andamento e deve ser encerrado ao fim do ano. “Radicais livres é uma área que ainda se tem muito que estudar e entender”, salientou. Para os farmacêuticos que desejam seguir a atividade de pesquisadores, a mestranda dá a dica. “O principal é ter espírito crítico e perceber que nem tudo em radicais livres é ruim. Além disso, deve-se ter em mente que o papel do farmacêutico é atuar pela promoção da saúde”, disse.
Da mesma forma é desenvolvida a pesquisa de Rachel, que utiliza o chocolate como elemento principal. O estudo terá atenção sobre os efeitos do chocolate no metabolismo, com os aspectos de sistema antioxidante e radicais livres, dano ao DNA, ansiedade, memória e atividade motora. De acordo com ela, voltar às origens e falar para estudantes da Farmácia é importante para troca de experiências. “Podemos mostrar a eles que nós temos base, somos bem preparados para enfrentar o que está lá fora. Tudo depende do aluno”, destacou.
Diário Popular, 21/06/2008.
Postado por: Nathália

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