quinta-feira, 4 de junho de 2009

Fortificação de farinhas com ferro – prós e contras



Um estudo realizado na Universidade de Brasília (UnB) alerta que a obrigatoriedade da adição de ferro em farinhas de trigo e de milho, que vigora no País desde 2002, está resolvendo um problema e pode estar criando outro. Isto acontece porque, ao mesmo tempo em que ajuda a evitar à anemia ferropriva, a medida pode atuar como fator para o aumento de doenças crônicas, como doenças cardiovasculares, diabetes e câncer. O ferro é um nutriente essencial na dieta alimentar, pois está envolvido na síntese das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para todas as partes do corpo.
Neste estudo foram analisadas a dieta e a quantidade de ferro no sangue de 134 moradores do Distrito Federal, entre 18 e 86 anos de idade, e ficou constatada a relação entre danos provocados a moléculas do organismo e a ingestão de dietas com maior quantidade de ferro. As pessoas que apresentaram maior quantidade de ferro no organismo apresentaram danos em lipídeos e proteínas corporais. Esse prejuízo às moléculas acontece porque o ferro atua nas reações químicas de formação dos radicais livres. Por isso, quanto maior a presença de ferro, mais substância o organismo tem para catalisar esse processo. Por conseqüência, há um aumento também dos radicais livres. Como é difícil mensurar os radicais livres no organismo, a solução acaba sendo avaliar seus estragos em lipídios, proteínas e DNA, seus principais alvos. O problema é que estudos têm mostrado uma relação entre o aumento de radicais livres e a maioria das doenças crônicas. Também já foi comprovado que os lipídios danificados podem resultar em doenças cardiovasculares, pois eles se ligam à parede dos vasos sangüíneos e geram inflamações que favorecem a formação de placas nesses locais.
O desconhecimento dos problemas causados pelo ferro resulta em atitudes de boa intenção, mas com resultados que devem ser discutidos e mais estudados.

Bibliografia consultada:Mendes, J. F. R. ; Arruda, S.F. ; Siqueira, E.M.A. . Biomarcadores do estado nutricional de ferro e estresse oxidativo em adultos no Distrito Federal. In: 9º Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição, 2007, São Paulo. Nutrire - Revista da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição, 2007. v. 32. p. 238-238.
Postado por: Renata
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Antioxidantes presentes no vinho tinto podem ajudar no tratamento de leucemia



Pesquisa da Universidade de Pittsburgh comprovou que a antocianidina, um flavonóide bastante comum no vinho tinto, tem o poder de destruir células cancerígenas, sem interferir no funcionamento de células saudáveis. Essa descoberta é de grande importância para a medicina, devido ao efeito altamente seletivo da antocianidina, já que a maioria das drogas atuais atuam também em células saudáveis, provocando uma série de efeitos colaterais. A antocianina e a antocianidina são os polifenóis responsáveis pela pigmentação das uvas (e de muitas outras frutas de tonalidade vermelha e violeta), que permanecem em quantidades consideráveis nos vinhos tintos. Primeiro foi o resveratrol, aliado no combate ao colesterol, agora é a vez da antocianidina, que tem efeito anticancerígeno e protege o organismo contra o ataque do vírus influenza. Beber 2 copos ( ± 250ml) de vinho por dia é um verdadeiro elixir!

Fonte: Media Relations / University of Pittsburgh Schools of the Health Sciences -Pittsburgh, 23 de Abril de 2007.
Postado por: Talitha.
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Relação do estresse com chocolate e café




Duas farmacêuticas formadas pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel) voltaram a casa para falar aos alunos do curso sobre diferentes temáticas e suas experiências de pesquisa. Cristie Noschang e Rachel Krolow Santos Silva, mestrandas em Bioquímica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), realizaram a palestra com foco no espírito crítico do farmacêutico e promoção da saúde. Cristie pesquisa a relação entre estresse e cafeína e Rachel estuda estresse e chocolate. As egressas da Católica falaram também sobre radicais livres e sua importância, além de levantar o debate sobre a pesquisa para o farmacêutico, tanto em sua vida acadêmica, quanto ligada ao mercado de trabalho.
De acordo com Cristie, o estudo de relação entre estresse e cafeína é feito estressando-se as cobaias cinco vezes por semana - o que se assemelha com o estresse sofrido no dia-a-dia das pessoas. A alimentação das cobaias é rica em cafeína e a relação entre os dois elementos é o objeto de atenção da pesquisadora. “No Brasil vivemos a cultura da cafeína. Com a pesquisa queremos saber o que ocorre quando se põe os dois fatores, estresse e cafeína, juntos”, explicou. Segundo ela, aspectos como estresse oxidativo, ansiedade, memória e comportamento alimentar são analisados. “Sabemos que o estresse aumenta a quantidade de radicais livres. Mas, e combinado com a cafeína? Eles aumentam ou diminuem? É bom tomar café quando se está estressado?” questiona a pesquisadora, que tem buscado dados para responder essas perguntas. O estudo ainda está em andamento e deve ser encerrado ao fim do ano. “Radicais livres é uma área que ainda se tem muito que estudar e entender”, salientou. Para os farmacêuticos que desejam seguir a atividade de pesquisadores, a mestranda dá a dica. “O principal é ter espírito crítico e perceber que nem tudo em radicais livres é ruim. Além disso, deve-se ter em mente que o papel do farmacêutico é atuar pela promoção da saúde”, disse.
Da mesma forma é desenvolvida a pesquisa de Rachel, que utiliza o chocolate como elemento principal. O estudo terá atenção sobre os efeitos do chocolate no metabolismo, com os aspectos de sistema antioxidante e radicais livres, dano ao DNA, ansiedade, memória e atividade motora. De acordo com ela, voltar às origens e falar para estudantes da Farmácia é importante para troca de experiências. “Podemos mostrar a eles que nós temos base, somos bem preparados para enfrentar o que está lá fora. Tudo depende do aluno”, destacou.
Diário Popular, 21/06/2008.
Postado por: Nathália
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