quarta-feira, 17 de junho de 2009

Nutrientes antioxidantes e saúde da vaca


O estresse oxidativo ocorre quando a produção de metabólicos reativos do oxigênio ou radicais livres excede a capacidade do sistema de antioxidação da célula ou tecidos. Alguns nutrientes funcionam como antioxidantes ou são componentes de enzimas antioxidantes e possuem um efeito direto no estresse oxidativo. A prevalência e severidade de várias desordens em vacas leiteiras como a retenção de placenta, edema de úbere e mastite parecem estar de alguma forma associadas ao estresse oxidativo.
No metabolismo celular normal, em situações de agressões do ambiente e em respostas inflamatórias o organismo produz os chamados radicais livres. Os principais radicais livres encontrados em sistemas biológicos são o superóxidos, peróxido de hidrogênio, radical hidroxila e radicais de ácidos graxos. Estes compostos podem reagir com enzimas, membranas celulares e DNA causando danos ou até‚ mesmo a morte celular. Pelo fato dos radicais livres serem tóxicos para as células, o organismo desenvolveu um aparato antioxidativo sofisticado dependente de nutrientes antioxidantes. (Tabela)


Vários microminerais (como parte de enzimas) e algumas vitaminas são componentes dos sistemas antioxidantes. Nos sistemas participam antioxidantes solúveis em água e outros solúveis em gordura. Tantos os antioxidantes solúveis em água ou gordura são necessários. Um radical livre localizado na membrana da célula não pode ser neutralizado por um antioxidante localizado no citossol. As vias oxidativas conhecidas sugerem que as exigências de nutrientes antioxidativos são inter-relacionadas. A deficiência de um antioxidante pode aumentar as exigências de outro nutriente. No entanto, a deficiência de nutriente antioxidante em particular não pode ser totalmente compensada por um outro nutriente.
Simplesmente porque um nutriente está diretamente envolvido em um sistema antioxidativo, não significa que suplementando dietas com esse nutriente ocorrer melhoria da saúde animal. As vacas precisam consumir determinada quantidade de minerais e vitaminas biologicamente disponíveis para manter um status ideal. Quando as vacas estão abaixo de um status ideal, a suplementação de nutrientes biologicamente disponíveis promove uma resposta positiva, mas quando o status ótimo ‚ atingido nenhuma resposta adicional positiva deve ser esperada com a suplementação adicional do nutriente.
Vários estudos nos Estados Unidos mostram que em torno de 9% dos partos ocorrem com retenção de placenta. O custo total estimado para cada caso varia de 100 até 280 dólares. Os estudos têm sugerido que retenção de placenta (RP) ‚é um evento relacionado ao estresse oxidativo. A concentração de vitamina C em tecidos placentários de origem materna e fetal foi 50% menor em vacas que tiveram RP em relação as que não tiveram (Kankofer, 2001). Em um outro estudo (Kimura et al. 2002) observou-se que neutrófilos de vacas com RP possuíam um menor habilidade de inativação em relação a neutrófilos de vacas sem RP. Os neutrófilos de vacas deficientes em selênio (Se) possuíram menor habilidade de inativação em relação aos neutrófilos de vacas com status adequado de Se (Hogan et al., 1990). A suplementação de nutrientes que favorecem a oxidação (ex. ferro disponível) tende a aumentar a prevalência de RP. A suplementação de certos nutrientes antioxidantes pode reduzir a prevalência de RP. A maioria dos estudos nos quais a dieta controle continha menos de 0,1 ppm de selênio total demonstraram uma diminuição da incidência de RP quando o Se ‚ suplementado na dieta (0,1 para 0,3 ppm) ou via injeções (50 mg de Se administrado 21 dias antes do parto). No entanto, a suplementação de Se teve efeito limitado ou ausente em estudos nos quais a dieta controle continha mais do que 0,1 ppm de Se. A incidência de RP para vacas que possuem um status inadequado de vitamina E geralmente não é influenciada pela suplementação de Se (Harrison et al. 1984).
Portanto, podemos concluir que suplementação adequada de selênio (0,3 ppm) e vitamina E (1100 u.i. no período periparto e 500 u.i. na lactação) pode ter um efeito positivo na diminuição da ocorrência de retenção de placenta no rebanho.
Postado por: Talitha.
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Cientistas reinventam reação química utilizada para fabricação de plásticos



Químicos da Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos, criaram um novo processo para fazer a polimerização via radical livre, a reação química responsável pela criação de quase todos os produtos plásticos que conhecemos, dos copos descartáveis ao canos de PVC.
Ao contrário do método tradicional, que é utilizado pela indústria há mais de 50 anos, o novo processo funciona a temperatura ambiente, utiliza menos catalisador metálico para guiar a reação química e tem um tempo de reação muito curto. Ou seja, o potencial de redução de custos para a indústria é enorme.
Ao invés de utilizar como catalisador o cobre em solução química, o novo processo utiliza cobre metálico. Isso significa que serão gerados muito menos sub-produtos, além do que a indústria poderá utilizar um solvente muito menos danoso ao meio-ambiente: a água.
"Nós basicamente reescrevemos a equação de como o processo de polimerização pode funcionar, o que poderá ter um impacto direto no custo da reação e no tipo de material que podemos criar",explica o cientista Virgil Percec.
A nova técnica, batizada de polimerização radicalar pela transferência de único elétron (SET-LRP), também dá aos químicos um maior controle sobre a arquitetura molecular dos polímeros que serão criados, permitindo utilizar materiais que não são permitidos pelo processo atual.
O mecanismo da reação de síntese funciona tão bem, segundo os cientistas, que as preocupações com efeitos colaterais das reações são muito pequenas. Além disso, os polímeros resultantes não precisam sofrer um processo de purificação para eliminação do catalisador metálico.
Enquanto o processo atual exige a transferência de elétrons das camadas internas para conectar as moléculas de monômeros que virão a formar os polímeros - o que exige grande quantidade de energia, - o novo processo transfere elétrons da camada mais externa dos átomos. Isto consome muito menos energia e altera o ciclo de catálise e, além de menor quantidade do elemento ativador, permite o uso da forma elementar do cobre como catalisador.
Bibliografia:Ultrafast Synthesis of Ultrahigh Molar Mass Polymers by Metal-Catalyzed Living Radical PolymerizationVirgil Percec, Tamaz Guliashvili, Janine S. Ladislaw, Anna Wistrand, Anna Stjerndahl, Monika J. Sienkowska, Michael J. Monteiro, Sangrama SahooJournal of the American Chemical Society05-Oct-2006Vol.: 128, 51DOI: 10.1021/ja065484z
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