quinta-feira, 11 de junho de 2009

Castanha é do Brasil!



Um estudo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, atesta que a ingestão diária de duas castanhas-do-pará, recentemente rebatizadas castanhas-do- brasil, eleva em 65% o teor de selênio no sangue. Mas provavelmente os neozelandeses não usaram o legítimo produto brasileiro. Ora, nós somos sortudos. É que as castanhas produzidas no Norte e no Nordeste do país são tão ricas em selênio que bastaria uma unidade para tirar o mesmo proveito. A recomendação é de que um adulto consuma, no mínimo, 55 microgramas por dia, diz a nutricionista Bárbara Rita Cardoso, pesquisadora do Laboratório de Minerais da Universidade de São Paulo. E com uma unidade da nossa castanha já é possível encontrar bem mais do que isso de 200 a 400 microgramas do bendito selênio. Aliás, o limite de consumo diário do mineral é de 400 microgramas, portanto, não vá com muita fome ao pote. No caso de uma criança, meia castanha seria suficiente, afirma Silvia Cozzolino, presidenta da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição.
E por que toda essa fama do selênio? Ele é essencial para acionar enzimas que combatem os radicais livres, responde Christine Thomson, a pesquisadora neozelandesa que investigou as propriedades da castanha. O selênio se liga a algumas proteínas já existentes em nosso corpo para formar essas enzimas antioxidantes, descreve, completando, Bárbara Cardoso. Na ausência dele, as tais enzimas fi cam sem atividade e, então, deixam de combater os radicais e ainda desguarnecem as defesas do organismo.
O mineral da castanha também teria um papel especial na proteção do cérebro. É que, com essa capacidade de acabar com a farra dos radicais livres, as células nervosas seriam preservadas, evitando o surgimento de doenças neurodegenerativas com a idade. Justamente por isso, a pesquisadora Bárbara Rita Cardoso começa a estudar os possíveis benefícios do selênio em portadores do mal de Alzheimer. A gente desconfia que nesses pacientes os radicais façam maiores estragos, diz ela.
A tireóide também funciona melhor na presença do selênio, acrescenta Christine Thomson. Isso porque, se não houver esse elemento, ela não consegue produzir direito seus célebres hormônios. O mineral também está intimamente associado à capacidade de o organismo se livrar de substâncias tóxicas, ajudando-o inclusive a expulsar possíveis metais pesados que se alojam nas células.
Postado por: Nathália.
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Azeite, o que há de novo



A dieta Mediterrânica de referência é baseada no padrão alimentar típico de Creta e de muitas outras regiões da Grécia e do Sul de Itália. No início dos anos 60, a esperança de vida dos adultos estava entre uma das mais elevadas e a incidência de doença coronária, certos tipos de cancro e outros doenças crónicas era bem reduzido.
O azeite é parte integrante dos diferentes padrões de alimentação mediterrânea e as últimas descobertas científicas indicam que os principais benefícios para a saúde podem ser: redução de risco de doença coronária, prevenção de uma variedade de cancros e melhoria da resposta imunitária e inflamatória. O azeite parece ser um dos melhores exemplos de alimento funcional, com componentes variados que podem contribuir, devidos às suas propriedades promotoras de saúde. O azeite é bem conhecido pelo seu elevado teor de ácidos gordos monoinsaturados e uma espetacular fonte de fitoquímicos incluindo alguns polifenóis, escaleno e alfa-tocoferol, por exemplo.
Todo o alimento, que atravessa milénios, é um êxito, não um fracasso. O azeite é uma gordura milenar que do ponto de vista científico, ainda nos consegue surpreender. Julgavamos que as investigações em torno do azeite já tinham chegado ao fim, mas somos confrontados com a identificação de novas substâncias e a sua correlação com as doenças que atormentam as sociedades modernas.
O azeite, principal componente gordo da dieta mediterrânica, é caracterizado por ter uma elevada quantidade de ácidos gordos monoinsaturados e um elevado teor de componentes antioxidantes. Esta gordura exibe numerosas funções biológicas que poderão ser benéficas para a saúde. Uma dieta rica em ácidos gordos monoinsaturados confere uma adequada fluidez às membranas biológicas, diminui o risco de peroxidação lipídica que afeta mais os ácidos gordos polinsaturados. Além disto, os antioxidantes presentes no azeite são capazes de captar radicais livres e fornecem uma protecção interessante contra a peroxidação. Atuando sobre o perfil lipídico sérico, o azeite, faz diminuir os níveis plasmáticos de LDL-colesterol e aumenta as HDL-colesterol. Neste contexto, tem sido sugerida a substituição de ácidos gordos monoinsaturados em lugar de polinsaturados, o que tornaria as lipoproteínas plasmáticas menos sensíveis à oxidação e diminuindo a evolução da aterosclerose. Também existe evidência de que o azeite pode contribuir para um melhor controle da hipertrigliceridemia que acompanha, por vezes a diabetes. Relativamente ao tubo digestivo, o azeite promove o seu equilíbrio e atua diretamente sobre a digestão.
Dos últimos estudos, tem ressaltado que é a presença de um perfil de polifenóis único, combinado com o escaleno e o ácido oleico, que conferem ao azeite propriedades únicas. O consumo generoso, dentro do recomendado em termos de ingestão de gorduras, de azeite extra-virgem que é particularmente rico em antioxidantes fenólicos pode conferir apreciável proteção contra alguns tipos de cancer (cólon, mama, pele), doença coronária e envelhecimento precoce por inibição do estresse oxidativo.
Por outro lado, alguns estudos têm sugerido que o azeite pode ter um papel interessante ao nível das doenças inflamatórias e autoimunes, como por exemplo, a artrite reumatóide. Neste sentido, alguns autores têm encontrado que o azeite modifica a produção de citoquinas inflamatórias.
Recentemente, investigadores Americanos, identificaram no azeite extra virgem, um composto, o oleocanthal, que atua da mesma forma que o ibuprofeno ( substância ativa dos analgésicos e anti-inflamatórios). O oleocanthal inibe as enzimas cicloxigenases, que desempenham um papel essencial como causadores de inflamações e dores.
Será que o azeite terá num futuro próximo capacidade medicinais evidentes ? ... E que mais surpresas, nos pode ainda reservar a composição desta gordura milenar?
Postado por: Nathália.





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A aterosclerose e o vinho tinto



Paradoxo francês - A população francesa consome 7,6 vezes mais vinho do que a população norte americana. Possui elevados índices de tabagismo, sedentarismo e, especialmente, alto consumo de gordura saturada, três conhecidos fatores de risco para doença arterial coronariana (DAC). Apesar disso, esta população apresenta apenas um terço da incidência destas doenças em relação à população americana, fato este que ficou conhecido como “o paradoxo francês”.
As evidências encontradas contribuíram para reforçar a hipótese de que o consumo habitual e moderado de vinho tinto pode prevenir ou reduzir o risco de desenvolver a DAC.
Um dos principais mecanismos que explicariam estes efeitos está na capacidade antioxidante dos compostos fenólicos presentes em vinhos. Estes compostos inibem a formação de óxidos de colesterol, produtos da oxidação das lipoproteínas de baixa densidade, ou LDL-colesterol, um dos principais fatores desencadeantes da aterogênese.
É antiga a crença nas propriedades benéficas do vinho em relação à prevenção de doenças e manutenção da saúde. Mas só recentemente esta teoria ganhou importância no meio cientifico, graças a evolução da ciência e da tecnologia e dos avanços no campo da fito medicina.
Estudos epidemiológicos indicam que uma dieta baseada em vegetais e frutas com propriedades antioxidantes ou ainda, uma dieta rica em flavonóides do vinho, são protetoras contra doenças cardiovasculares. As uvas e seus derivados, como vinho e sucos, são ótimas fontes naturais de antioxidantes, particularmente os vinhos tintos, pelo seu alto teor de polifenóis, ou compostos fenólicos, que comprovadamente possuem atividade antioxidante.
Os compostos fenólicos dos vinhos são capazes de estabilizar radicais livres tanto, gerados em sistema aquoso por radiólise (hidroxila, azida, ânion superóxido, peroxila e alcoxil t-butila), como em sistema lipofílico (peroxidação lipídica).
O radical hidroxila e o ânion superóxido gerado pelo sistema enzimático hipoxantina/xantina oxidase estão envolvidos em uma série de reações que provocam danos celulares, como a peroxidação lipídica.

Aterosclerose
A aterosclerose ocorre pelo acúmulo de colesterol nas camadas internas das artérias. O LDL-colesterol exerce a função de remover o colesterol da circulação sanguínea, mas sua estrutura rica em ácido graxo poliinsaturado é muito susceptível a peroxidação lipídica pelo ataque dos radicais livres. Uma vez oxidada, o LDL-colesterol perde a capacidade de transportar o colesterol que se deposita no interior das artérias levando a obstrução.
Vários estudos constataram que os compostos fenólicos de vinho são capazes de inibir a oxidação da lipoproteína de baixa densidade (LDL). A oxidação da lipoproteína da baixa densidade está intimamente correlacionada com as complicações da aterosclerose, que se manifesta como doença arterial coronária, acidente vascular cerebral e/ou doença vascular periférica.
O vinho é benéfico à saúde podendo ser consumido como acompanhamento alimentar. Entretanto, o consumo diário de vinho deve ser controlado para não causar doenças como úlceras gastrointestinais, alcoolismo e cardiopatia alcoólica.

Referências:
Ferreira, A.L.A. e Matsubara, L.S. - Radicais livres: conceitos, doenças relacionadas, sistema de defesa e estresse oxidativo. Rev. Assoc. Med. Bras., jan./mar. 1997, vol.43, no.1, p.61-68. ISSN 0104-4230.
Lima, VLAG, Melo, EA, Maciel, MIS et al. - Fenólicos totais e atividade antioxidante do extrato aquoso de broto de feijão-mungo (Vigna radiata L.). Rev. Nutr., jan./mar. 2004, vol.17, no.1, p.53-57. ISSN 1415-5273.
Mamede, MEOP, Gláucia M. Compostos Fenólicos do Vinho: Estrutura e Ação Antioxidante.B.CEPPA, Curitiba, v.22, n.2, p.233-252,jul./dez.2004.
Moreira, AVB e Mancini-Filho, J - Influência dos compostos fenólicos de especiarias sobre a lipoperoxidação e o perfil lipídico de tecidos de ratos. Rev. Nutr., out./dez. 2004, vol.17, no.4, p.411-424. ISSN 1415-5273.

Fonte:http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/05/20/saude-geriatria/a-aterosclerose-e-o-vinho-tinto-compostos-fenolicos/

Postado por: Jéssica.

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