terça-feira, 23 de junho de 2009

Para proteger da aterosclerose: os antioxidantes!



O conteúdo de antioxidantes da partícula de LDL é crucial para sua proteção. Estudos in vitro mostraram que a oxidação de LDL somente se inicia após o estresse oxidativo haver depredado o conteúdo de antioxidante celular. In vivo, é provável que a magnitude do processo oxidativo
e, mesmo, a ocorrência ou não de oxidação de LDL dependa do balanço entre a intensidade da agressão oxidativa e a capacidade das defesas antioxidantes.
A hipótese de que a peroxidação lipídica desempenha importante papel na patogênese da aterosclerose despertou crescente entusiasmo sobre o uso de antioxidantes como agentes antiaterogênicos. Os antioxidantes mais investigados, tanto em experimentação animal, como no homem, têm sido o alfa-tocoferol (vitamina E), beta-caroteno (precursorda vitamina A), ácido ascórbico (vitamina C), flavonóides e probucol.
A vitamina E, cuja forma mais prevalente e ativa é o alfa-tocoferol, é o antioxidante lipossolúvel predominante nos tecidos e nas LDL . Estudos laboratoriais demonstraram que a vitamina E é antioxidante extremamente potente, que captura os radicais peroxila, interrompendo a cadeia de peroxidação lipídica . Protege os lípides poliinsaturados da lesão pelos radicais livres e parece essencial à proteção das lipoproteínas circulantes e ao funcionamento adequado das membranas celulares. Adicionada ao plasma, a vitamina E aumenta a resistência das LDL à oxidação. Além de prevenir a peroxidação lipídica, a vitamina E parece exercer outros efeitos nos fatores de risco cardiovasculares. Reduz a adesão e a agregação plaquetária; inibe os fatores de coagulação dependentes de vitamina K pela porção oxidada da vitamina E2-quinona, bem como a estimulação da produção de endotelina e atenua a inibição da produção de óxido nítrico mediada pela LDL-OX. Uma propriedade da vitamina E, compartilhada pelo probucol, é a inibição da secreção de IL-1 pelos monócitos, inibindo a proteína quinase C, enzima importante nos eventos precoces da ativação celular. IL-1 está envolvida na proliferação de células musculares lisas e na diferenciação de monócitos, e seus níveis estão acentuadamente aumentados nas lesões ateroscleróticas. Finalmente, a vitamina E influencia a função vasodilatadora das artérias de hipercolesterolêmicos.
As fontes mais ricas em vitamina E são os óleos vegetais, especialmente de semente de girassol, grãos integrais, amêndoas, nozes, avelãs, verduras (espinafre, brócolis) egerme de trigo. Beta-caroteno é um dos muitos carotenóides precursores da vitamina A e, por isso, designado pró-vitamina A, transportado no sangue primariamente pelas LDL. Antioxidante lipossolúvel é um potente seqüestrador do oxigênio singlet, principalmente em baixas pressões de oxigênio. O beta-caroteno, largamente distribuído na natureza, confere às frutas e vegetais muitas de suas cores vivas. É encontrado principalmente na cenoura, tomate, pimentão vermelho e amarelo, brócolis, couve, espinafre, agrião, pêssego e mamão. Vitamina C, ou ácido ascórbico, é antioxidante hidrossolúvel, removedor dos radicais superóxido hidroxila e oxigênio singlet, antes que atinjam os lípides celulares e iniciem a peroxidação. Ademais, preserva os níveis de vitamina E e beta-caroteno, antioxidantes endógenos na LDL, durante o estresse oxidativo. As fontes naturais mais ricas em vitamina C são a laranja, o limão e outras frutas cítricas, acerola, kiwi, cajú, tomate, pimentão, couve, espinafre, escarola, brócolis, nabo, páprica e repolho. Flavonóides são compostos não nutritivos com potente atividade antioxidante, atribuída aos radicais fenólicos. São encontrados em diversos alimentos de origem vegetal,como maçã, uva, cebola, repolho, brócolis, chicórea, aipo, chá e vinho tinto. A quercitina, principal flavonóide, é removedora dos radicais superóxido, oxigênio singlet e peróxidos lipídicos e inibe a oxidação das LDL e os efeitos citotóxicos das LDL-OX . O vinho tinto, que tem alto teorde flavonóides, reduz a oxidação de LDL in vitro; ademais, a ingestão de vinho tinto aumenta a atividade antioxidantedo soro.
Probucol, potente antioxidante, protege a LDL contra modificação oxidativa in vitro e in vivo . Outros mecanismos podem contribuir a seu efeito antiaterogênico potencial: inibição da liberação de IL-1 pelos monócitos e da ativaçãoda proteína quinase C; redução da captação e degradação das lipoproteínas pelos macrófagos; aumento daatividade da colesteril éster transferase, aumentando a taxade transferência dos ésteres de colesterol da HDL para frações
de lipoproteínas de menor densidade.
Fonte:http://publicacoes.cardiol.br/abc/1997/6801/68010011.pdf
Postado por: Natália e Patrícia.

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Propriedades antioxidantes do chá verde



A Artrite Reumatóide é uma doença que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. É caracterizada por dores, inchaço, inflamação e até mesmo destruição das articulações acometidas.
Cientistas da Universidade de Maryland e da Universidade de Rutgers, em conjunto com o Centro Nacional de Medicina Alternativa e Complementar do Ministério da Saúde dos E.U.A (NCCAM- NIH), investigaram os efeitos dos polifenóis (antioxidantes) do chá verde sobre um modelo experimental de artrite reumatóide induzida em ratos.
O chá verde é a bebida mais consumida no mundo após a água e seus polifenóis possuem propriedades anti-inflamatórias. Os autores do estudo, publicado na edição de Novembro / 2008 da revista científica The Journal of Nutrition, observaram que os antioxidantes do chá verde reduziram significativamente a gravidade da artrite e sugerem uma melhor avaliação do chá verde como um agente dietético a ser utilizado em conjunto com as drogas anti-inflamatórias usualmente empregadas no tratamento dessa doença.
Em 1930, os cientistas húngaros Rusznyak and Szent-Györgi identificaram uma substância da casca do limão que reduzia a permeabilidade capilar e que era eficaz no tratamento de um distúrbio da coagulação em pacientes que não respondiam ao uso da vitamina C. Eles chamaram essa substância de Vitamina P (de permeabilidade). Posteriormente, foi verificado que essa “vitamina” não era uma substância única e que consistia de uma mistura de dois flavonóides, perdendo então seu “status” de vitamina.
Flavonóides são pigmentos de plantas solúveis em água que pertencem a um grupo maior chamado de polifenóis. Os polifenóis ocorrem em todas as plantas e podem contribuir para os efeitos benéficos das frutas e vegetais.
Há vários estudos que observam uma relação entre dietas mais ricas em polifenóis e redução de doenças cardiovasculares, câncer e outras doenças crônicas. Os polifenóis são antioxidantes bem presentes na Dieta do Mediterrâneo, principalmente nas frutas e vegetais, e incluem milhares de substâncias. Os flavonóides são os principais polifenóis dessa dieta e totalizam mais de 6.000 substâncias divididas em subgrupos como flavanóis, flavonóis, antocianinas e outros.
O chá verde é responsável por boa parte da ingestão total de flavonóides em outras culturas. As catequinas são os principais antioxidantes do chá verde e representam 90% dos seus flavonóides. A contribuição dos polifenóis para a capacidade antioxidante da nossa dieta é muito superior à das vitaminas, e sua ingestão total diária pode chegar a 1000mg, contra 100mg da combinação de Vit.C, Vit.E e caroteno. As catequinas do chá verde possuem atividade antioxidante 100 vezes maior do que a Vit.C e 25 vezes maior do que a Vit.E.
Muita atenção é dada atualmente a alguns flavonóides do chá verde. A maioria dos estudos científicos sugere que o consumo regular desses antioxidantes do chá possam proteger contra doenças cardíacas.Enquanto cabe aos cientistas o trabalho de caracterizar melhor todos os efeitos positivos da ingestão do chá, nós temos a função mais gratificante de saborear e desfrutar das qualidades dessa bebida milenar.
É sempre bom lembrar que nem todo chá verde é igual. Níveis elevados de pesticidas já foram detectados em vários chás, principlamente os provenientes da China. A União Européia, em 2001, adotou níveis mais rigorosos quanto à quantidade de pesticidas permitida nos chás, causando dificuldades para as exportações de chá pela China. Portanto, as versões orgânicas devem ser as preferidas.
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Ação antioxidante do ácido caféico



As Espécies Reativas de Oxigênio - EROs, dentre as quais se incluem os radicais hidroxil e superóxido, têm participação crucial nas reações bioquímicas de dano oxidativo à sistemas fisiológicos. A formação destas espécies reativas depende em grande escala da presença de íons metálicos, em especial íons do elemento químico ferro. Desta forma, a caracterização de novas substâncias capazes de inibir a formação de EROs ou mesmo minimizar as reações de dano oxidativo é de relevante interesse bioquímico.
O presente trabalho se propõe a estudar duas substâncias com potencial antioxidante, o polifenol ácido caféico (AC)– e a piridoxal isonicotinoil hidrazona – (PIH). Demonstramos que o mecanismode ação da PIH se deve à sua capacidade formar um complexo estávelcom íons Fe(III), o qual seria menos suscetível a participar de reaçõesgeradoras de radicais hidroxil. A PIH foi capaz de inibir a oxidação doascorbato, a formação do radical ascorbil (medido por RPE), e adegradação oxidativa da deoxiribose (2-DR). Esta inibição é dependentedas concentrações de Fe(III), da natureza do quelante ao qual o Fe(III)está previamente complexado e do tempo de pre-incubação da PIH com ocomplexo Fe(III)-quelante.
Com relação ao ácido caféico, este polifenol semostrou capaz de eficientemente inibir a formação de radicais hidroxil apartir de íons Fe(II) e peróxido de hidrogênio, e o consequente danooxidativo à 2-DR. Verificou-se que esta inibição é dependente do pH domeio reacional e da temperatura de incubação da reação.
Propõem-se que a ação antioxidante do AC está relacionada à habilidade destepolifenol em quelar íons Fe(II), tendo sido observada a formação de umcomplexo com íons ferrosos através do sítio catecol do AC. Curiosamenteincubando-se o meio reacional a 98ºC, foi verificado um efeito próoxidantedo AC, sendo este efeito correlacionado à interações destecomposto com íons ferro.
Postado por: Patrícia.
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